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Postado em 21 de novembro de 2022

Quem é Santo Afonso de Ligório?

Quem é Santo Afonso de Ligório?

A família redentorista nasceu em 9 de novembro de 1732, em meio aos casebres e aos currais dos pastores da cidade de Scala. Afonso de Ligório, nascido em Marianella, próximo a Nápoles, foi o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, que hoje conta com mais de 5500 redentoristas. 

Afonso viveu fortes experiências de conversão que realizaram um verdadeiro êxodo de uma vida cômoda e repleta de projetos e ideais como advogado para uma entrega de si por amor a Jesus e aos mais pobres. 

Educado em família piedosa e nobre de Nápoles, o menino Afonso foi instruído nas ciências humanas, línguas clássicas e modernas, pintura e música. Desse modo, teve a formação necessária para ser um jovem de classe nobre. 

Além disso, foi formado de modo irrepreensível na fé e na piedade por seus pais, no amor a Jesus e a Maria. Ainda com 12 anos, entrou para a faculdade de direito, onde se formou com 16 anos. Terminou os estudos universitários e tornou-se doutor em direito civil e canônico, tornando-se assim advogado.

Os planos de Deus, no entanto, seriam outros. 

Santo Afonso de Ligório funda a família Redentorista 

O sucesso profissional estava em ascensão, vivia intensamente com sua família e sua comunidade de fé. Porém, na semana santa de 1722, viveu uma intensa experiência de conversão que o levou a, no ano seguinte, abandonar a carreira jurídica e, mesmo sofrendo forte oposição do pai, iniciar os estudos para o sacerdócio. 

Os que conviviam com ele diziam que não havia noviço mais devoto. Com tal diligência, tornou-se sacerdote em 21 de dezembro de 1726. Seu sacerdócio era dedicado ao serviço da pregação e do atendimento às pessoas na confissão e orientação aos fiéis.

A partir daí começaria seu êxodo em direção à vontade de Deus. Logo depois, fundaria as “Capelas da tarde”, centros dirigidos por leigos para promover a oração, a escuta da Palavra, atividades sociais, educação e vida comunitária.

No entanto, foi nos pobres que Afonso encontrou mais um passo para a Voz de Deus que o inquietava. Durante um período de descanso em um lugarejo, perto de Scala, tomou contato com a situação de abandono humano e espiritual dos pobres do interior.

Lá conheceu a irmã Maria Celeste Crostarosa, uma irmã do mosteiro de Scala, que estava trabalhando em uma nova congregação de irmãs contemplativas. Ajudou-a na fundação da Ordem do Santíssimo Redentor, no dia 13.05.1731. Ela mesma diz a ele que o “Senhor queria que ele deixasse Nápoles e viesse para Scala para fundar a congregação dos homens para a evangelização”. 

Sendo assim, Afonso, diante da experiência com os pobres, sua experiência pastoral e esta chamada de Deus, deixa Nápoles e vai para Scala, onde começa a Congregação do Santíssimo Redentor para seguir o exemplo de Jesus Cristo, anunciando a Boa Nova aos pobres e aos mais abandonados. 

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“Nunca perder tempo”

Santo Afonso fez um voto que o marcou até sua idade longeva de 90 anos: “Nunca perder tempo”. Por isso, preenchia sua vida com momentos fortes de oração, assistência aos pobres, administração dos sacramentos, estudo e escrita de diversos tratados e livros que tornaram-se uma verdadeira pérola para doutrina da Igreja. 

Escreveu sobre espiritualidade e teologia 123 obras, que tiveram 21.500 edições e foram traduzidas em 72 línguas, o que comprova que ele é um dos autores mais lidos. Entre suas obras mais conhecidas estão: A Oração, Práticas de Amar a Jesus Cristo, As Glórias de Maria e Visitas ao Santíssimo Sacramento. 

Ainda com 66 anos, mesmo que tenha tentado recusar, devido sua idade avançada, foi ordenado bispo de Santa Ágata dos Godos em 1762. Como bispo cultivava a pobreza, dedicava-se à renovação dos seus padres, do seminário, das paróquias e do povo. Seu cuidado especial era com os pobres – dizia que a diocese era dos pobres, sendo o bispo só o administrador – chegando a dar salário mensal às mocinhas, para não caírem na prostituição por pobreza.

Em 1775, foi-lhe permitido deixar o cargo e foi morar na comunidade redentorista de Pagani, onde morreu no dia 1º de agosto de 1787.

Santo Afonso foi canonizado pela Igreja em 26 de maio de 1839 e proclamado Doutor da Igreja em 1871 e Patrono dos Confessores e Moralistas em 1950.

Por fim…

As marcas deixadas por Santo Afonso de Ligório na história da Igreja vão além de suas 123 obras escritas sobre espiritualidade e teologia moral. Trata-se de um testemunho que ainda hoje arrasta homens e mulheres a dedicarem suas vidas e levar a Copiosa Redenção que vem de Deus para a humanidade inteira. 

Aprendemos com nosso pai fundador a termos uma vida dedicada aos mais pobres, à espiritualidade fecunda e a nunca perder tempo para caridade. 

Santo Afonso de Ligório, rogai por nós!